sexta-feira, 6 de julho de 2007

PEQUENOS E GRANDES

Era preciso um novo tratado. Há quem diga que tudo podia funcionar (e bem) com Nice. Como em política aquilo que parece é, bastava a percepção de uma crise para que esta se convertesse na mais real das realidades. Por isso, haja ou não um verdadeiro impasse institucional na União, era preciso um novo tratado. Angela Merkel conseguiu-o, provando (como diz a edição desta semana do The Economist) ser «uma campeã na arte do possível». Inteligente na liderança, hábil na gestão dos consensos, imbatível na capacidade de (discretamente) ultrapassar o adversário. Talvez fosse ela a única que, neste momento, em toda a Europa, estava em condições de o conseguir. Mas, apesar de todas as capacidades da chanceler alemã (que admiro, diga-se de passagem), teria ela conseguido caso não fosse líder de um dos «grandes»?

SBL

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