sexta-feira, 6 de julho de 2007

AINDA A FLEXI...

Como em quase tudo o que é bom na vida, também nas relações laborais o truque está na partilha. It takes two... O «modelo» da flexigurança impõe, digamos assim, a negociação. Micro (nas empresas, entre trabalhadores e patrões) e macro (entre Governo e sindicatos). Recordemos que o «pai» da ideia, Poul Nyrup Rasmussen, antes de ser primeiro-ministro social-democrata foi sindicalista. E que a co-gestão é uma experiência que funciona na Dinamarca, porque é boa para todas as partes. A força da ideia reside aí: só se alcançam bons resultados se todos com eles ganharem. Em Guimarães estiveram 27 ministros numa sala e 25 mil manifestantes à porta. Uns e outros parecem muito distantes da dose de responsabilidade que seria necessária para um acordo deste tipo. Assim sendo, se ninguém quer, de facto, negociar, há uma velha tradição nas lutas laborais: o braço de ferro. Aceitam-se apostas sobre quem ganha, no final.

PP

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